sábado, 20 de abril de 2013

ONDE ESTÁ A BANDEIRA DAS OPOSIÇÕES?


                A direita brasileira, representada pelo PSDB e Cia. é mesmo “sui-gêneris”; nunca assimilou o golpe representado pela ascensão de um trabalhador nordestino, semi-analfabeto, que mal sabe se expressar no idioma nativo, à Presidência da República. Primeiro, dizia que Lula não se elegeria, depois de conhecido o resultado das urnas falava à “boca pequena” que não tomaria posse (certamente esperava outro golpe militar). Depois da posse e sabedora dos buracos e armadilhas que ela mesma deixou nas rampas e gabinetes do Palácio do Planalto (mensalão mineiro e outros) dizia que ele não governava.

                Governou, e governou muito bem. Interessante é que no início de seu mandato, tanto os setores mais radicais da base de apoio quanto a oposição, em peso, o criticaram exatamente pela desenvoltura com que Lula deu prosseguimento aos programas que vinham dando certo no governo de Fernando Henrique, os radicais, porque não admitiam nem por hipótese, defender uma ideia gestada na “direita reacionária”, daí muitos terem se abrigado em siglas mais à esquerda, como PSOL e agora a REDE de Marina Silva. A oposição, porque não esperava que um metalúrgico forjado em oficinas sindicais fosse capaz de colocar nos trilhos uma locomotiva chamada Brasil.

                Não sei se naquele momento Lula tinha consciência disto, mas o certo é que além de ter conduzido o País a um porto seguro, evitando as tempestades de dentro e de fora, ainda desmontou o palanque das oposições que ficaram literalmente sem bandeira para defender.  Uma verdadeira jogada de mestre.   Como diria meu saudoso avô, a oposição está no mato sem cachorro, os mitos criados para maquiar a eficiência dos tucanos foram e estão sendo derrubados quais pinos de boliche.

                Também muito estranho é o conceito de democracia defendido por parte da mídia brasileira (leia-se: Civitas, Marinhos, Frias, etc.) e pela direita reacionária. Para eles uma eleição que elege no primeiro turno, um presidente da república não pode ser considerada democrática, nem aqui nem na Venezuela; assim também como não é democrático um governante ser avaliado positivamente por oitenta por cento da população, como se voto tivesse peso e o voto da elite valesse dez vezes mais do que o voto dos mais de 30 milhões de brasileiros que Lula e Dilma resgataram da miséria absoluta.