sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Município Selo Verde


Ao iniciar este trabalho devo alertar aos possíveis leitores, que moro em Novo Oriente, mais precisamente na localidade de Lagoa dos Neres, que, não por acaso, deve a denominação a um pequeno lago natural aqui existente e que foi objeto de uma matéria que publiquei aqui mesmo neste espaço (WWW.fccanuto.blogspot.com.br/2011/12/lagoa-dos-neres.html).  O preâmbulo acima vem a propósito de notícia divulgada nos principais meios de comunicação do Ceará, inclusive no portal do Governo do Estado, dando conta da premiação de 37 prefeituras com o selo Município Verde, sendo que Novo Oriente aparece na honrosa posição de segundo lugar
Pois bem, como disse, moro em Novo Oriente, onde nasci e para onde retornei já há alguns anos e devo confessar que por mais boa vontade que eu possa ter, sem qualquer sentimento de partidarismo ou revanchismo, olho e não vejo nada, nem ação nem intenção do poder público local que justifique a deferência. Se os critérios do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente - CONPAN estiverem corretos, fico imaginando a situação dos 54 municípios que se inscreveram e não foram selecionados; e o que dizer do restante que nem sequer se inscreveram?
Repito, não é por má vontade, mas até ler os noticiários a respeito jamais havia tomado conhecimento de projetos como “Mata Branca” “Mandalas” e outros que embasaram a premiação aqui em Novo Oriente; é possível que eu esteja mal informado, porém das ações ecologicamente incorretas, estas eu conheço sim e trabalho para que outros também as conheçam. Um bom exemplo é a matéria do link acima onde denuncio a devastação das encostas dos morros à montante da referida lagoa, as fotos não deixam dúvidas. O agravante nesta história é que as ações são patrocinadas pela prefeitura e não é um fato isolado, haja vista que na localidade de Gambá, numa propriedade do próprio prefeito, está acontecendo à mesma coisa, as encostas dos morros estão literalmente sendo reviradas para extração de pedra para calçamento de ruas. Registre-se que referidos morros margeiam o mais importante córrego de Novo Oriente, o riacho Três Irmãos, responsável por vários alagamentos na cidade.
Continuando com a série de ações ecologicamente incorretas, vemos ao longo de anos o estrume produzido nos currais de nossos pecuaristas ser levado para a Serra Grande em troca, muitas vezes, de um costal de rapadura e nunca se ouviu falar de nenhuma iniciativa da prefeitura para incentivar o uso deste importante adubo orgânico nos roçados do município. Há poucos dias presenciei um produtor receber redondos trinta reais por uma carrada de estrume que foi levado para Guaraciaba do Norte num caminhão que veio trazer cana forrageira para o pecuarista. Dentro ainda de minha ignorância, não conheço nenhum ponto de coleta seletiva do lixo, ao contrário disso, vejo todos os dias, o que outrora foi um caminhão e hoje é mais lixo do que o próprio lixo que carrega, espalhando pela cidade um líquido putrefeito e fedorento. Numa breve observação no lixão para onde são levados os detritos é possível comprovar que não há sequer a preocupação de separar-se o lixo hospitalar, quanto mais fazer uma coleta seletiva do restante.
O manejo inadequado de máquinas agrícolas tem sido o principal motivo da forte erosão ocorrida em nosso município, predominantemente na região do Pé da Serra (Barro Vermelho e adjacências) e não se tem notícias de nenhuma iniciativa para formação dos operadores destas máquinas. Aliás, a agricultura de Novo oriente é a que, num passado recente, mais se utilizou de agrotóxicos. Ultimamente, devido a mortandade que a prática acarretava para as abelhas, o uso de inseticidas e herbicidas vem diminuindo. E por falar e abelha, a apicultura vem sim, se desenvolvendo muito bem em Novo Oriente, mas até o município não tem tido uma participação muito efetiva.
Perdoem-me os que pensam o contrário ou que sabem de coisas que eu não sei, pelo que expus, realmente não vejo méritos para a premiação.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A DEMOCRACIA, OS PODERES E O MENSALÃO


                A democracia brasileira está com alguns de seus fundamentos essenciais eivados por sérios desvios de comportamento que poderá num futuro próximo comprometer toda sua estrutura. “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição." O que a Carta Magna de 1988 preconizou resumidamente e o que aprendemos nas aulas de “Moral e Cívica” , quando havia, é que basicamente uma democracia se sustenta no tripé dos poderes da nação, tendo como luz irradiadora dos atos, fatos e ideias uma imprensa livre e atuante. Aprendemos também que os três Poderes devem ser independentes e harmônicos: um que diz como é que se faz, outro que faz e outro que julga como se fez ou se deixou de fazer.
                As denuncias de compra de apoio de parlamentares por parte do executivo apuradas pelo Ministério Público e julgadas pelo Supremo Tribunal Federal no processo denominado “mensalão”, dão-nos a ideia de que os Poderes não são assim tão independentes e nem tão harmoniosos. E isto é o que foi apurado e julgado até o momento, pois todos nós sabemos que em todas as esferas de governo, em todos os tempos e em todos os rincões deste país o “propinoduto” rola solto e a justiça que é cega, mouca e capenga pouco tem feito, fora dos holofotes, para coibir o carcinoma que ameaça se transformar em metástase.
                Há um provérbio que diz: “a justiça tarda, mas não falha”. No caso brasileiro ela tarda sim, e falha também. Tarda porque só consegue apresentar algum resultado quando os holofotes midiáticos miram as togas dos digníssimos magistrados e falha ao inverter a ordem natural dos processos e antecipar o julgamento do “mensalão do PT” para fazer coincidir com as eleições municipais, com o propósito indisfarçado de prejudicar o Partido dos Trabalhadores, mesmo sabendo que o “mensalão” tucano foi anterior, tão ou mais grave que o do PT e considerado a Célula Mater do outro. Falha porque até hoje não se ouviu falar em apuração de denuncias dando conta da compra de apoio de deputados à Emenda Constitucional que permitiu a reeleição de Fernando Henrique, embora alguns parlamentares tenham renunciado a seus mandatos por medo de cassação motivada pelas denuncias; Falha quando mantém o ministro Gilmar Mendes, do STF, ativo, julgando os integrantes do “mensalão” do PT quando ele próprio é acusado de participar do rateio do “mensalão” tucano, conforme lista divulgada pela imprensa; Falha quando o Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal concede uma liminar para que o governador de Goiás, Marconi Pirillo não seja obrigado a comparecer a uma convocação da CPI do Cachoeira, uma semana após o STF ter julgado (alguns dizem sem provas) integrantes do PT, subvertendo até a teoria do Roxin. Palhaçada!
            A imprensa brasileira, como é voz corrente, representa um “quarto poder”, só que, institucionalmente não precisa ser independente e nem harmonizar-se com os outros poderes, suas ações são bem mais contundentes e eficazes. Esta história de imprensa livre é balela, liberdade de expressão aqui significa que os “jornalões” Folha de São Paulo, Estadão, Veja e O Globo estão liberados para julgar e condenar antes que a justiça o faça, para acobertar e disfarçar escândalos que incriminariam figurões da elite preconceituosa do eixo Rio - São Paulo. Um exemplo bem peculiar da ação predadora desta mídia conservadora, medíocre e parcial, para nós, nordestino-cearenses, foi a imposição da Rede Globo para que a TV Diário do Nordeste suspendesse suas transmissões via satélite a fim de não prejudicar sua audiência no sul-sudeste, região que concentra mais nordestinos fora do Nordeste. Tasso Jereissati, aliado político da direita conservadora e marido de Renata, herdeira da televisão nordestina, claro, aquiesceu com a determinação da toda poderosa Globo.       
 Jaime Aparo Alves, jornalista e doutor em antropologia Social pela Universidade do Texas em Austin, escreveu:     Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país. Na última sessão do julgamento da ação penal 470, por exemplo, um furioso ministro-relator exigia a distribuição antecipada do voto do ministro revisor para agilizar o trabalho da imprensa (!). O STF se transformou na nova arena midiática onde o enredo jornalístico do espetáculo da punição exemplar vai sendo sancionado.
Depois de cinco anos morando fora do país, estou menos convencido por que diabos tenho um diploma de jornalismo em minhas mãos. Por outro lado, estou mais convencido de que estou melhor informado sobre o Brasil assistindo à imprensa internacional. Foi pelas agências de notícias internacionais que informei aos meus amigos no Brasil de que a política externa do ex-presidente metalúrgico se transformou em tema padrão na cobertura jornalística por aqui. Informei-lhes que o protagonismo político do Brasil na mediação de um acordo nuclear entre Irã e Turquia recebeu atenção muito mais generosa da mídia estadunidense, ainda que boicotado na mídia nacional. Informei-lhes que acompanhei daqui o presidente analfabeto receber o título de doutor honoris causa em instituições europeias, e avisei-lhes que por causa da política soberana do governo do presidente metalúrgico, ser brasileiro no exterior passou a ter uma outra conotação. O Brasil finalmente recebeu um status de respeitabilidade e o presidente nordestino projetou para o mundo nossa estratégia de uma America Latina soberana.”
                Finalmente, o mais substancial esteio da democracia, que é o voto livre e consciente do povo, deixou de ser livre e consciente desde que o poder econômico mercantilizou o sufrágio universal, tornando as eleições num verdadeiro leilão onde quem tem mais e está disposto a gastar, leva a mercadoria.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Como a Imprensa Rio-São Paulo Vê o Brasil


Jaime Amparo Alves*
Os brasileiros no exterior que acompanham o noticiário brasileiro pela internet têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo Rio – São Paulo. Com seus gatekeepers escolhidos a dedo, Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e O Globo investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e destruir a imagem pública do ex-presidente Lula da Silva. Até aí nada novo.
Foto: Demétrio Magnoli, representante do Instituto Millenium (reprodução)

Tanto Lula quanto Dilma sabem que a mídia não lhes dará trégua, embora não tenham – nem terão – a coragem de uma Cristina Kirchner de levar a cabo uma nova legislação que democratize os meios de comunicação e redistribua as verbas para o setor. Pelo contrário, a Polícia Federal segue perseguindo as rádios comunitárias e os conglomerados de mídia Globo/Veja celebram os recordes de cotas de publicidade governamentais. O PT sofre da síndrome de Estocolmo (aquela na qual o sequestrado se apaixona pelo sequestrador) e o exemplo mais emblemático disso é a posição de Marta Suplicy como colunista de um jornal cuja marca tem sido o linchamento e a inviabilização política das duas administrações petistas em São Paulo.

O que chama a atenção na nova onda conservadora é o time de intelectuais e artistas com uma retórica que amedronta. Que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso use a gramática sociológica para confundir os menos atentos já era de se esperar, como é o caso das análises de Demétrio Magnoli, especialista sênior da imprensa em todas as áreas do conhecimento. Nunca alguém assumiu com tanta maestria e com tanta desenvoltura papel tão medíocre quanto Magnoli: especialista em políticas públicas, cotas raciais, sindicalismo, movimentos sociais, comunicação, direitos humanos, política internacional… Demétrio Magnoli é o porta-voz maior do que a direita brasileira tem de pior, ainda que seus artigos não resistam a uma análise crítica.

Agora, a nova cruzada moral recebe, além dos já conhecidos defensores dos “valores civilizatórios”, nomes como Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro. A raiva com que escrevem poderia ser canalizada para causas bem mais nobres se ambos não se deixassem cativar pelo canto da sereia. Eles assumiram a construção midiática do escândalo, e do que chamam de degenerescência moral, com o fato. E, porque estão convencidos de que o país está em perigo, de que o ex-presidente Lula é a encarnação do mal, e de que o PT deve ser extinguido para que o país sobreviva, reproduzem a retórica dos conglomerados de mídia com uma ingenuidade inconcebível para quem tanto nos inspirou com sua imaginação literária.

Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro fazem parte agora daquela intelligentsia nacional que dá legitimidade científica a uma insidiosa prática jornalística que tem na Veja sua maior expressão. Para além das divergências ideológicas com o projeto político do PT – as quais eu também tenho -, o discurso político que emana dos colunistas dos jornalões paulistanos/cariocas impressiona pela brutalidade. Os mais sofisticados sugerem que a exemplo de Getúlio Vargas, o ex-presidente Lula cometa suicídio; os menos cínicos celebraram o “câncer” como a única forma de imobilizá-lo. Os leitores de tais jornais, claro, celebram seus argumentos com comentários irreproduzíveis aqui.

Quais os limites da retórica de ódio contra o ex-presidente metalúrgico? Seria o ódio contra o seu papel político, a sua condição nordestina, o lugar que ocupa no imaginário das elites? Como figuras públicas tão preparadas para a leitura social do mundo se juntam ao coro de um discurso tão cruel e tão covarde já fartamente reproduzido pelos colunistas de sempre? Se a morte biológica do inimigo político já é celebrada abertamente – e a morte simbólica ritualizada cotidianamente nos discursos desumanizadores – estaríamos inaugurando uma nova etapa no jornalismo lombrosiano?

Para além da nossa condenação aos crimes cometidos por dirigentes dos partidos políticos na era Lula, os textos de Demétrio Magnoli , Marco Antonio Villa, Ricardo Noblat , Merval Pereira, Dora Kramer, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, além dos que agora se somam a eles, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira. Seus textos serão utilizados nas disciplinas de ontologia jornalística não apenas com o exemplos concretos da falência ética do jornalismo tal qual entendíamos até aqui, mas também como sintoma dos novos desafios para uma profissão cada vez mais dominada por uma economia da moralidade que confere legitimidade a práticas corporativas inquisitoriais vendidas como de interesse público.

O chamado “mensalão” tem recebido a projeção de uma bomba de Hiroshima não porque os barões da mídia e os seus gatekeepers estejam ultrajados em sua sensibilidade humana. Bobagem! Tamanha diligência não se viu em relação à série de assaltos à nação empreendidos no governo do presidente sociólogo! A verdade é que o “mensalão” surge como a oportunidade histórica para que se faça o que a oposição – que nas palavras de um dos colunistas da Veja “se recusa a fazer o seu papel” – não conseguiu até aqui: destruir a biografia do presidente metalúrgico, inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e reconduzir o projeto da elite ‘sudestina’ ao Palácio do Planalto.

Minha esperança ingênua e utópica é que o Partido dos Trabalhadores aprenda a lição e leve adiante as propostas de refundação do país abandonadas com o acordo tácito para uma trégua da mídia. Não haverá trégua, ainda que a nova ministra da Cultura se sinta tentada a corroborar com o lobby da Folha de S. Paulo pela lei dos direitos autorais, ou que o governo Dilma continue derramando milhões de reais nos cofres das organizações Globo e Abril via publicidade oficial. Não é o PT, o Congresso Nacional ou o governo federal que estão nas mãos da mídia.

Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país. Na última sessão do julgamento da ação penal 470, por exemplo, um furioso ministro-relator exigia a distribuição antecipada do voto do ministro-revisor para agilizar o trabalho da imprensa (!). O STF se transformou na nova arena midiática onde o enredo jornalístico do espetáculo da punição exemplar vai sendo sancionado.

Depois de cinco anos morando fora do país, estou menos convencido por que diabos tenho um diploma de jornalismo em minhas mãos. Por outro lado, estou mais convencido de que estou melhor informado sobre o Brasil assistindo à imprensa internacional. Foi pelas agências de notícias internacionais que informei aos meus amigos no Brasil de que a política externa do ex-presidente metalúrgico se transformou em tema padrão na cobertura jornalística por aqui. Informei-lhes que o protagonismo político do Brasil na mediação de um acordo nuclear entre Irã e Turquia recebeu atenção muito mais generosa da mídia estadunidense, ainda que boicotado na mídia nacional. Informei-lhes que acompanhei daqui o presidente analfabeto receber o título de doutor honoris causa em instituições européias, e avisei-lhes que por causa da política soberana do governo do presidente metalúrgico, ser brasileiro no exterior passou a ter uma outra conotação. O Brasil finalmente recebeu um status de respeitabilidade e o presidente nordestino projetou para o mundo nossa estratégia de uma America Latina soberana.

Meus amigos no Brasil são privados do direito à informação e continuarão a ser porque nem o governo federal nem o Congresso Nacional estão dispostos a pagar o preço por uma “reforma” em área tão estratégica e tão fundamental para o exercício da cidadania. Com 70% de aprovação popular, e com os movimentos sociais nas ruas, Lula da Silva não teve coragem de enfrentar o monstro e agora paga caro por sua covardia.Terá a Dilma coragem com aprovação semelhante, ou nossa meia dúzia de Murdochs seguirão intocáveis sob o manto da liberdade de e(i)mprensa?
* Jaime Amparo Alves é jornalista, doutor em Antropologia Social, Universidade do Texas em Austin –amparoalves@gmail.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DIA DO PROFESSOR


              No dia 15 de outubro de 1827 D. Pedro I baixou um Decreto Imperial criando o Ensino Elementar no Brasil. Este Decreto, além de instituir em todas as cidades, vilas e lugarejos a obrigatoriedade de ter pelo menos uma escola de “primeiras letras”, relacionava as matérias básicas que os alunos deveriam aprender, a descentralização do ensino e até um mecanismo de preservação dos salários dos professores. Claro que até hoje o referido Decreto não entrou em vigor pra valer.
                Vale lembrar que o 15 de outubro foi escolhido por também ser dedicado a santa Teresa D’Ávila ou Teresa de Jesus, como ficou conhecida. Teresa de Capeda Ahumada, nasceu em Ávila, Espanha em 1.515 e é muito reverenciada por seus múltiplos dotes, principalmente o de educadora.
                Mas foi somente em 1947, portanto 120 anos após a edição do Decreto Imperial, que uma iniciativa dos professores Salomão Becker, Alfredo Gomes, Antonio Pereira e Claudino Busko do Ginásio Caetano de Campos em São Paulo, foi comemorado pela primeira vez o DIA DO PROFESSOR, a fim de se chamar à atenção para o stress provocado pelo longo período letivo, que observava apenas 10 dias de folga em cada semestre.   
                O Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963 oficializou o dia 15 do mesmo mês como feriado escolar e definiu como razão a necessidade de se comemorar condignamente o Dia do Professor, em que alunos e familiares enaltecem a função do mestre na sociedade moderna.
                Motivos não faltam para se enaltecer os detentores desta profissão que é considerada a mãe de todas as outras. E de fato em todo o país e por todos os meios, pessoas do povo e autoridades emitem mensagens de reconhecimento a estes profissionais. Porém, reconhecimento aqui não é sinônimo de vantagem; apesar de todo auê que se faz em torno do professor, o magistério continua sendo uma das profissões mais mal remuneradas do Brasil.
                Não há, portanto, como esquivar-nos de prestar homenagens a estes prestimosos profissionais aos quais estamos todos, inexoravelmente, dependentes. E isto os torna cada vez mais importantes e cada vez mais responsáveis pelo destino da juventude deste país.  E aqui, como nem tudo é homenagem e deferência, registro minha indignação, nestes tempos de campanha eleitoral, quando vejo maus profissionais da educação, diretores até, abdicarem de suas funções docentes para se dedicarem a persuasão de eleitores, inclusive comprando votos e consciências. Entendo que se ensina mais com atitudes do que com palavras, e pergunto: que tipo de educação estão dando aos nossos filhos nas escolas?        

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

JULGAMENTO DO MENSALÃO


                O Brasil que aparece na mídia corporativa é mesmo surrealista. Nele, um indivíduo que apenas cumpra o seu dever de cidadão é logo elevado ao status de super- herói, com direito a exposição nos meios de comunicação e indicação para candidatura à Presidência da República. É o que acontece atualmente com Joaquim Barbosa, Ministro do Supremo e relator do mensalão.   E registre-se aqui que o Ministro, assim como seus companheiros do Supremo Tribunal Federal, na ótica de uma boa investigação, nem cumpriu plenamente seu dever.
                Sem querer, nem ter elementos para entrar no mérito do julgamento do que se convencionou chamar mensalão, fico me perguntando por que não se dá ou se deu tamanho destaque, por exemplo ao mensalão mineiro que foi a base do financiamento de campanha de FHC, porque nunca se investigou a fundo a compra de votos de deputados da região norte ao preço de R$ 200 mil para aprovar a emenda da reeleição que permitiu um novo mandato a Fernando Henrique. A propósito, na época, a Folha de São Paulo destacou na capa da edição de 13 de maio de 1997 que, o deputado Ronivon Santiago, do PFL do Acre,  admitia, conforme gravação em poder daquele jornal,  ter recebido o dinheiro. Veja a parte inicial da reportagem da Folha:
“O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita.
Ronivon afirma que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O restante, outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma empreiteira - a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do Acre.
Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas.
Todas essas informações constam de gravações de conversas entre o deputado Ronivon Santiago e uma pessoa que mantém contatos regulares com ele. As fitas originais estão em poder da Folha.
O interlocutor do deputado não quer que o seu nome seja revelado. Essas conversas gravadas com Ronivon aconteceram ao longo dos últimos meses, em diversas oportunidades.”

                Até hoje continuam impunes outros crimes cometidos durante o governo FHC, como os do Banestado, os escândalos das Sanguessugas, a Operação Vampiro, as ambulâncias superfaturadas, a escandalosa venda (melhor, doação) das empresas públicas, especialmente a Vale do Rio Doce, a Lista de Furnas, etc.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

COMPRA DE VOTOS


COMPRA DE VOTOS

Inicio este artigo com uma observação: não possuo formação nem experiência nas ditas “ciências políticas”, assim, o que sair daqui, é apenas o desabafo de um cidadão contribuinte brasileiro que vê dia após dia o dinheiro dos impostos que paga ser desviado para os bolsos dos maus políticos e a única arma de que dispõe para se defender não funciona a contento, o voto.
         O que acontece Brasil à fora é preocupante, as eleições, de modo geral sendo mercantilizadas, o debate de idéias sendo relegado e como conseqüência a ascensão de políticos aéticos, cujo único compromisso é com sua permanência no poder. Em Novo Oriente, todavia, estas mazelas são elevadas a potência máxima. A compra de votos virou assunto corriqueiro nas rodas de amigos e a justiça, de olhos vendados e braço curto, não alcança nem os corruptos nem os corruptores, diz faltar provas, mas não se tem notícias de que as procure, espera, sem dúvida, uma espécie de delação premiada, pois a lei pune quem vende com a mesma pena de quem compra votos, vindo daí, a meu ver, a maior dificuldade de se comprovar o delito.
         Outro dia estive conversando com um cabo eleitoral, useiro e vezeiro na prática de compra de votos e ele me dizia exatamente que não havia perigo de ser flagrado pela justiça,  exatamente porque não deixava rastro em suas transações e mesmo que vendedor resolvesse denunciá-lo, seria a palavra de um contra o outro.
         De fato, as transações feitas nas alcovas, na calada da noite ou nas cabinas dos automóveis, são de difícil comprovação, pois envolvem dois criminosos (o que vende e o que compra) sem testemunha e sem documento assinado. Tanto é que, eleição após eleição, inobstante o apelo da justiça, dos meios de comunicação, de ONG’S, etc., o problema vem recrudescendo em proporções geométricas. Seria interessante que a justiça, ao mesmo tempo em que tenta coibir o crime da comercialização de votos, procurasse tirar o incentivo que leva candidatos a investirem milhares e até milhões de reais numa eleição, tudo porque sabe que uma vez eleitos têm como reaver o capital investido, engordado por um bom ágio.
         As leis existem e estão aí a depender da celeridade dos órgãos de controle, Câmaras Municipais, Conselhos de Contas, etc. Sabe-se que é nas licitações de obras e compras que começa a fuga de nosso suado dinheirinho pelo ralo da corrupção, mesmo assim os citados órgãos não dão muita importância para o evento. Mas não são só os recursos públicos que financiam a compra de votos, o dinheiro do tráfico de drogas, dos cartãozeiros e de outros crimes tem sido também investido nesta atividade ilícita, enfim, tudo dinheiro sujo.
         Dura Lex, Sed Lex (A Lei é Dura, mas é a Lei) no nosso caso, a Lei é falha, mas é a Lei. Apurado o resultado das urnas em Novo Oriente, deu Godô para ser o prefeito de todos os novoorientenses de todos os matizes e de todos os credos pelos próximo quatro anos, então democraticamente temos que aceitá-lo e respeitá-lo. Temos que torcer para que ele faça um bom governo sem, contudo, esquecermos de fiscalizar suas ações e de denunciar quando for o caso, enfim, temos que fazer uma oposição propositiva.
         

COMPRA DE VOTOS


COMPRA DE VOTOS

Inicio este artigo com uma observação: não possuo formação nem experiência nas ditas “ciências políticas”, assim, o que sair daqui, é apenas o desabafo de um cidadão contribuinte brasileiro que vê dia após dia o dinheiro dos impostos que paga ser desviado para os bolsos dos maus políticos e a única arma de que dispõe para se defender não funciona a contento, o voto.
         O que acontece Brasil à fora é preocupante, as eleições, de modo geral sendo mercantilizadas, o debate de idéias sendo relegado e como conseqüência a ascensão de políticos aéticos, cujo único compromisso é com sua permanência no poder. Em Novo Oriente, todavia, estas mazelas são elevadas a potência máxima. A compra de votos virou assunto corriqueiro nas rodas de amigos e a justiça, de olhos vendados e braço curto, não alcança nem os corruptos nem os corruptores, diz faltar provas, mas não se tem notícias de que as procure, espera, sem dúvida, uma espécie de delação premiada, pois a lei pune quem vende com a mesma pena de quem compra votos, vindo daí, a meu ver, a maior dificuldade de se comprovar o delito.
         Outro dia estive conversando com um cabo eleitoral, useiro e vezeiro na prática de compra de votos e ele me dizia exatamente que não havia perigo de ser flagrado pela justiça,  exatamente porque não deixava rastro em suas transações e mesmo que vendedor resolvesse denunciá-lo, seria a palavra de um contra o outro.
         De fato, as transações feitas nas alcovas, na calada da noite ou nas cabinas dos automóveis, são de difícil comprovação, pois envolvem dois criminosos (o que vende e o que compra) sem testemunha e sem documento assinado. Tanto é que, eleição após eleição, inobstante o apelo da justiça, dos meios de comunicação, de ONG’S, etc., o problema vem recrudescendo em proporções geométricas. Seria interessante que a justiça, ao mesmo tempo em que tenta coibir o crime da comercialização de votos, procurasse tirar o incentivo que leva candidatos a investirem milhares e até milhões de reais numa eleição, tudo porque sabe que uma vez eleitos têm como reaver o capital investido, engordado por um bom ágio.
         As leis existem e estão aí a depender da celeridade dos órgãos de controle, Câmaras Municipais, Conselhos de Contas, etc. Sabe-se que é nas licitações de obras e compras que começa a fuga de nosso suado dinheirinho pelo ralo da corrupção, mesmo assim os citados órgãos não dão muita importância para o evento. Mas não são só os recursos públicos que financiam a compra de votos, o dinheiro do tráfico de drogas, dos cartãozeiros e de outros crimes tem sido também investido nesta atividade ilícita, enfim, tudo dinheiro sujo.
         Dura Lex, Sed Lex (A Lei é Dura, mas é a Lei) no nosso caso, a Lei é falha, mas é a Lei. Apurado o resultado das urnas em Novo Oriente, deu Godô para ser o prefeito de todos os novoorientenses de todos os matizes e de todos os credos pelos próximo quatro anos, então democraticamente temos que aceitá-lo e respeitá-lo. Temos que torcer para que ele faça um bom governo sem, contudo, esquecermos de fiscalizar suas ações e de denunciar quando for o caso, enfim, temos que fazer uma oposição propositiva.
         

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SECRETARIA DA JUVENTUDE DE NOVO ORIENTE


SECRETARIA DA JUVENTUDE DE NOVO ORIENTE

Vejo com muito bons olhos a ideia do Vanaldo de criar uma secretaria da juventude, é nesta faixa, entre os 15 e 24 anos que a pessoa fica mais vulnerável às investidas das drogas, lícitas e ilícitas, é também aí onde se encontra o mais contundente índice de desemprego do país, sem contar que é também nesta idade onde se forja o verdadeiro caráter do cidadão. Desta forma uma instituição capaz de planejar e executar ações que deem respostas às várias inquietações relativas ao lazer, esporte, cultura, educação e emprego, entre outras tantas, será sempre bem vinda.

A juventude sempre teve papel preponderante nos movimentos sociais, emprestando a eles sua força, irreverência e capacidade de protesto contra toda e qualquer forma de tirania e ditadura. Ao longo de nossa história temos exemplos memoráveis deste segmento nas lutas em defesa dos valores democráticos e humanistas. Agrupados na União Nacional dos Estudantes, na União da Juventude Socialista ou na União Brasileira dos Estudantes Secundaristas ou mesmo sem organização alguma, assistimos mais recentemente os episódios das “Diretas Já” e “Fora Collor”, onde os jovens foram os verdadeiros protagonistas dos movimentos.

Nunca é demais lembrar que tanto a presidenta Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Lula, nas suas respectivas juventudes foram presos e torturados por defenderem o fim da ditadura militar instalada no país. E com a experiência adquirida nos bastidores destes movimentos governaram e governam nosso país com os olhos voltados para enfrentamento dos verdadeiros problemas nacionais. Foi nesta direção que o governo Lula criou, em 2005, uma Política Nacional de Juventude, a qual gerou a instalação de um Conselho e de uma Secretaria da área, depois adotados em vários municípios e estados. São iniciativas concretas que traduzem a necessidade e a importância de uma política pública de juventude em nosso país. Sem dúvida, um avanço institucional significativo que reconhece a especificidade da condição juvenil e o jovem como portador de direitos.

A candidatura do Vanaldo tem o privilégio de estar ligada umbilicalmente, tanto a Dilma como a Lula, através da coligação local com o Partido dos Trabalhadores e do compromisso formal e público do vice-líder do governo, deputado José Guimarães, garantindo assim, uma vez prefeito, acesso fácil, direto e constante às esferas da União.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Compromisso de Vanaldo com a Agricultura


                  O programa de governo da coligação “RUMO NOVO COM A FORÇA DO POVO” de Novo Oriente (CE), que tem como candidato a prefeito o empresário Vanaldo Moura, contempla, dentre as várias ações na área da agricultura, a criação do “CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO” que tem por objetivo financiar e dar suporte às atividades dos produtores rurais do município, com foco na Agricultura Familiar. 

                O CONSELHO MUNICIPAL DEDESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, terá composição tripartite e igualitária, com representantes dos poderes municipais executivo e legislativo e dos agricultores através de sindicatos e associações e será responsável pela gerência do “FUNDO MUNICIPAL RURAL” a ser criado concomitantemente com ele. Além disso, o CONSELHO será o responsável por diagnosticar e identificar “situações problemas” na área agropecuária do município e propor soluções, seja financiando, orientando ou encaminhando a outras instâncias. Também competirá ao CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, elaborar, cooperar na aplicação e fiscalizar o PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL, anualmente.

                  Constituirão receitas do FUNDO MUNICIPAL RURAL, para a consecução de seus objetivos, obrigatoriamente 1% (um por cento) dos recursos líquidos da cota-parte do Fundo de Participação dos Municípios, transferências dos governos, estadual e federal, dotações orçamentárias do município, retroalimentação referente à devolução de financiamentos e outros destinados ao FUNDO, a qualquer título, desde que legalmente constituídos. 
                Vanaldo Moura parte do princípio de que habitamos um município essencialmente agrícola e que, portanto, a atividade  agropastoril deve ser incentivada, melhorada e organizada convenientemente.         

terça-feira, 31 de julho de 2012

A SAPUCAÍ DE NOVO ORIENTE


            Se as barbas do vizinho ardem não custa nada por as nossas de molho. Quando o programa "Fantástico" da Rede Globo noticiou que várias prefeituras do nordeste estavam sendo denunciadas por desvio de recursos oriundos de repasses para fazer frente à despesas com festivais, me chega ao conhecimento, através do TCM, os desembolsos abaixo, da prefeitura de Novo Oriente, para pagamento de empresa durante o carnaval de 2011.
          Vou logo avisando aos defensores de plantão da prefeitura que não estou aqui fazendo nenhuma aleivosia, apenas estou compartilhando um sinal muito forte de desvio de recursos, já que não é do meu conhecimento que em Novo Oriente tenha havido carnaval em 2011 que justifique a gastança de quase um quarto de milhão de reais.
          A quem compete, esperamos, neste mesmo espaço explicações convincentes.




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FAVORECIDO: UBIRATAN AURINO LOPES LEMOS ME
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Data Descrição Valor Pago (R$)
13/07/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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116.200,00
30/05/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 2.24.2/11
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31.800,00
30/06/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 2.24.2/11
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22.000,00
13/09/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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18.055,00
30/08/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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16.490,00
30/08/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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14.400,00
09/09/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 2.24.2/11
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10.600,00
12/09/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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9.100,00
12/09/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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09/09/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 2.24.2/11
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11/11/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 06.20.01/2011.
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655,00
11/11/2011 VALOR QUE SE EMPENHA P/ FAZER FACE AS DESPESAS COM EMPRESA ESPECIALIZADA EM SERVICOS DE SHOWS ARTISTICO MUSICAL, DURANTE CARNAVAL, CONFORME PROCESSO LICITATORIO 2.24.2/11
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85,00

sexta-feira, 6 de julho de 2012

PODE SER DIFERENTE, DEPENDE DE NÓS


            Lembro-me de uma modalidade de roubo que foi prática comum na região jaguaribana. Como se sabe, aquela região é conhecida por ter sido por muitos anos celeiro de matadores de aluguel. Pois bem, na entressafra dos crimes os bandidos roubavam motos e se propunham a devolvê-las aos legítimos donos, mediante o pagamento de uma taxa equivalente a aproximadamente 50% do valor do objeto.  Quer dizer, na iminência de perda total o proprietário optava por comprar seu próprio bem pela metade do valor.
          Alguns podem achar a analogia grosseira e de fato por aqui não se trata de bandidos que tiram a vida de pessoas mediante pagamento. O que acontece é que gestores de Novo Oriente retêm os recursos que se destinam a investimentos em setores como obras, educação, saúde (e neste caso pode haver perda de vida, sim) e com a proximidade das eleições prometem fazer em três meses o que não fizeram em quatro anos. Estradas, poços profundos e o que mais o imaginário maquiavélico conceber, são usados como moeda de troca em apoio aos candidatos oficiais. 
          É triste termos que nos submeter a este ardil artimanhoso para recebermos parte daquilo que é nosso por direito. É, acima de tudo, preocupante o fato de para receber o que nos pertence de fato e de direito, termos que votar em pessoas que se eleitas irão reproduzir todo o processo, fazendo girar a rodo do ciclo vicioso.
          Tenho testemunhado comentários de eleitores incautos, como que se orgulhando da amizade que priva com os “homens”, dizerem que o deputado “fulano de tal” perguntara-lhe do que ele estaria precisando, que não fizesse cerimônias. Confesso que ficaria caladinho, cá no meu canto, se as conseqüências deste ato se voltassem exclusivamente contra eles. Mas não é assim que acontece: as mortes à míngua em nosso depósito de doentes, denominado de hospital, as transferências intempestivas para centros mais desenvolvidos de parentes para se submeterem a um simples Raios-X, pode eventualmente atingir qualquer família de nosso sofrido Novo Oriente e por isso, atos assim, deveriam ser punidos criminalmente, tanto por partes dos responsáveis pela gestão quanto pelos incautos que os mantêm no poder.   

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Meu Aniversário


20.06.2012
Eu sempre fui um admirador dos números, de suas curiosidades, da infalibilidade de seus cálculos, enfim, da segurança que eles nos proporcionam, mas hoje confesso que fiquei um pouco decepcionado com o resultado de uma simples operação de subtração, quando deduzi de 20.06.2012, a data em que nasci. Como sei que se trata de uma ciência exata, aceito racionalmente o veredito, mas internamente, o entusiasmo, o arrebatamento, e a motivação se recusam a sentir a idade apontada.
         A longa estrada da vida é na verdade um labirinto, escuro e cheio de opções, onde a todo o momento somos obrigados a escolher roteiros tendo por GPS apenas o bom senso. Neste labirinto certamente eu fiz algumas escolhas acertadas e seguramente muitas erradas, porém nenhuma que me envergonhasse ou envergonhasse minha família e amigos, portanto nenhuma digna de arrependimento. Às vezes em que protagonizei uma opção certa e justa festejei com júbilo e contentamento, mas foram as escolhas equivocadas que me levaram à reflexão e conseqüentemente à evolução. Sem falsa modéstia, hoje me sinto uma pessoa melhorada, graças às oportunidades que a vida me deu de rever meus conceitos e procedimentos.
         Deus, na sua infinita sabedoria, submeteu sua criação a ciclos que vão do nascimento, crescimento, amadurecimento, reprodução e morte e, segundo algumas correntes religiosas, um novo nascimento (reencarnação da alma). Creio que no percurso deste ciclo reencarnatório, estou na fase madura, já produzi alguns rebentos, que por sua vez, encontram-se percorrendo o labirinto, cuja melhor saída não os ensinei, mas procurei muni-los com o GPS do bom senso que os levará às grandes realizações dos acertos ou aos aprendizados dos equívocos.            

sábado, 16 de junho de 2012

O VALDECY MERECE RESPEITO


Para mim está muito claro que a saída do ex-prefeito Valdecy Coelho do grupo liderado pelo tio e mentor político, Rodrigão, foi mesmo falta de espaço. Porém, dito assim de forma direta, não reflete com precisão o que de fato aconteceu. Quando ainda quase criança, aquele período que todos pensamos que somos poetas, escrevi em versos pobres, um poema comparando o homem a uma árvore, em cuja uma de suas estrofes eu dizia:
                        ...Outras crescem muito e sombreiam
                       Todas as outras que lhe rodeiam
                       Obstando o seu desenvolvimento.
                       E quando morrem os pobres coitados
          E em pó se acham transformados
                       Ainda lhes servem de alimento.
Todos nós e a torcida do flamengo sabemos que nenhuma liderança política prospera à sombra do Rodrigão, nem mesmo um parente tão próximo como um sobrinho da primeira esposa, teria que ser, no mínimo, um filho para herdar tamanho patrimônio conquistado através de conchavos, favores e outras moedas da espécie.  O erro do Valdecy foi ter construído uma liderança num espaço temporal e territorial que o “rei sol” julgava seu. Mesmo governando engessado pelas idéias tribais do padrinho político e tendo que gastar literalmente oito meses de seu mandato para fechar os buracos deixados pela administração do primo Nenem Coelho, fez um bom governo, como, inclusive, apontam as pesquisas.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

CASAMENTO ARRANJADO



                Muito comum no passado, ainda persiste em algumas sociedades o instituto do Casamento Arranjado, notadamente na Índia e em outros países adjacentes. Na prática, o casamento nestas circunstâncias, não expressa a vontade dos noivos, não leva em conta afinidades de quem se propõe a viver o resto de suas vidas juntos, “até que a morte o separem”.  E enquanto a foice da morte não corta os laços engendrados pelos pais, quase sempre por motivos políticos e financeiros, o casal vive entre tapas e beijos (mais tapas do que beijos), porém a vontade dos genitores foi cumprida.

                Na política, hoje, mais que em qualquer outra época, assistimos passivos, a celebração de casamentos (ostentando o palatável nome de coalizão), entre partidos que nada têm a ver um com o outro e servem tão somente para acomodar chefetes políticos, que de outra forma seriam obstáculo a tal da governabilidade. Estatuto, programa de partido, ideologia, tudo isto é desconsiderado, nada deve obstaculizar um apoio, mesmo que para pagar o preço tenha que entregar a alma ao diabo.

                Porém, é na hora de compor a equipe de auxiliares que o governante se depara com as verdadeiras dificuldades de liderar interesses tão díspares. Cada secretário puxa a brasa para a sardinha de seu protetor, e são tantas as sardinhas e são tantos os protetores e são tantos os interesses que se o sujeito não tiver pulso forte faltará brasa e o fogo se apagará. Todavia, só ter pulso não resolve o problema, já que a qualquer momento poderá haver uma rebelião e os apoiadores passarão a chantagear a administração.

Chantagem, aliás, é arma poderosíssima nas mãos dos coronéis, chefetes políticos. Já por ocasião da campanha cada um deles demarca o território que se julga possuidor e que é proporcional a influência que deseja ter na administração, não são raras as brigas, as intrigas e os “disse me disse” na luta engalfinhada por poder. Esta talvez seja a causa de tantos insucessos de gestores bem intencionados que não conseguem concretizar seus projetos.  Por tudo isto o governante tem que administrar, como se diz, no fio da navalha.      

terça-feira, 22 de maio de 2012

MINHAS CONVICÇÕES POLÍTICAS


Não sei como funcionaria na prática, mas aqui na minha cabeça de “sociólogo de botequim” fico filosofando que seria muito bom se todo cidadão que pretendesse concorrer a um cargo eletivo fosse submetido a uma comissão julgadora em pelo menos três quesitos, a saber: a) Competência técnica; b) compromisso político e c) atitude. Estas três virtudes formam o tripé sobre o qual se equilibra qualquer agente público e, a ausência de uma delas, o torna manco e até paralítico.
            Para se exercer qualquer cargo ou função na vida pública ou privada é primordial que o indivíduo tenha um mínimo de conhecimento na área em que pretende atuar. Assim é que um médico dificilmente poria de pé um edifício ao passo em que um engenheiro jamais realizaria uma operação cirúrgica. Até mesmo nas tarefas consideradas mais simples como administrar o lar, cultivar um roçado, etc., necessita-se de conhecimento específico para tal. O que dizer de alguém que se propõe a governar um município, um estado e ate mesmo um país?  E os que são eleitos para redigirem as leis que normatizam e controlam a vida de milhões de pessoas? Atentemos aqui para o fato de que não estou defendendo somente os títulos conseguidos nas universidades, mas também a competência nata ou adquirida nas escolas da vida.
            A vida é feita de escolhas e na gestão da coisa pública não é diferente, toda hora o gestor é confrontado a decidir-se por essa ou aquela questão, ouve as mais diversas opiniões e cabe a ele, em conformidade com o Compromisso Político assumido, determinar e orientar o rumo de suas ações. Não é raro escutar-se por aí queixas de que determinados governantes estão privilegiando um grupelho, geralmente constituído por bajuladores, em detrimento da totalidade da população. Certamente o Compromisso Político deste gestor está equivocado porque governar para uma patota o impede de agir globalmente. Jesus já alertava para isso: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de amar um e odiar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” Mateus 6:24.
            Atitude, “maneira arrojada, desinibida e confiante de proceder ou enfrentar situações”. O não entorpecimento, o não imobilismo. Equivale a bateria do motor, pois é daí que parte a centelha que provoca a combustão e faz girar a máquina administrativa. Significa o “não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje”, o controle remoto que aciona as secretarias e departamentos fazendo com que cada um cumpra seu papel dentro do sistema. A falta de atitude geralmente provoca uma acefalia administrativa com vários grupos e pessoas se motivando por si e tomando encaminhamentos díspares.
            Um gestor que se encontre na condição de um bom técnico e compromisso político definido, mas que não tenha atitude, passa seu mandato como um sonhador, aquele que sabe o que tem que ser feito, sabe para quem fazer, mas não faz nada, fica só no discurso. É um manco, anda devagar e com dificuldades. Já aquele que é conhecido por não se aquietar, viver inventando e promovendo coisas sem ter conhecimento do que executa, está fadado ao fracasso, mesmo que seu compromisso seja politicamente correto, sua obra não terá perfeição e não atingirá os objetivos.
            Todavia, considero a ausência de Compromisso Político a falta mais grave num governante, pois ele sabe fazer, faz e não se preocupa com as conseqüências de seus atos. As histórias recente e antiga estão recheadas de exemplos de pessoas que agiram desta forma, dentre eles o mais emblemático foi Adolf Hitler, um técnico competentíssimo naquilo que se propôs e que agiu diuturnamente para a consecução de seus objetivos. Como todos sabemos, objetivos nada elogiáveis.